Dentro deste buraco,
lugar de luz alguma,
Nada cresce, nada trai.
Cicatrizes se formam
mas é impossível enxerga-las.
Somente o tato vê aqui!
Ele inebria-se com a superfície
de uma cara pálida
de olhos cegos
que não conhecem o sol.
As pedras dominam o paladar
que de tão insípido tornou-se nada.
Não adianta abrir a boca
gosto nenhum existe mais.
A pele sua,
cachoeira de puro sangue e sal.
Treme e arrepia a cada inspiração.
Descama e arde no breu daqui.
Não tem saída
não tem entrada
Só a presença intrínseca
que o torna real.
(((I)))
Nenhum comentário:
Postar um comentário